CULTURAS HÍBRIDAS

29 julho 2006

Nudez no cinema



Atriz
Greta Garbo fotografada nua.

A representação da nudez em filmes sempre foi controversa. Vários filmes da era silenciosa de Hollywood já apresentavam nudez de uma forma artística; em resposta às objeções de vários grupos, as cenas de nudez foram proibidas de filmes produzidos pelos grandes estúdios em 1934 pelo Código das Produções da MPAA (Associação de Filmes dos EUA). A forte censura regeria até o ano de 1964, quando o filme The Pawnbroker se tornou o primeiro no período do Código das Produções a mostrar os seios de uma mulher.

Na década de 1950, apenas alguns documentários e filmes estrangeiros mostravam cenas de nudez sem serem perseguidos pela censura do Código das Produções. Em 1959, o filme The Immoral Mr. Teas se tornou o primeiro filme da indústria erótica a ser exibido em cinemas (antes disso os filmes pornográficos eram exibidos em bordéis como forma de estimular os clientes). Com a instituição voluntária do sistema de classificação por faixa etária pel MPAA em 1968, a nudez finalmente pôde ser legitimadamente incluída num filme comercail de sucesso.

Desde então, vários filmes começaram a usar a nudez em níveis variados; no entanto, a nudez frontal ainda é mais presente no cinema eropeu do que no norte-americano.

Alguns filmes com famosas cenas de nudez:

Inspiração (1915) - a primeira atriz protagonista (Audrey Munson) a aparecer nua.
Êxtase (1933) - Hedy Lamarr se banha nua e corre por uma floresta com os seios expostos. Blowup (1966) - primeiro filme comercial a mostrar a nudez frontal de uma mulher.
Mulheres Apaixonadas (1969) - primeiro filme comercial a mostrar a nudez frontal de homens. Pretty Baby (1978) - primeiro filme a mostrar uma pré adolescente nua, aos 13 anos. (Brooke Shields).
Gigolô Americano (1980) - primeiro filme comercial Hollywoodiano a mostrar a nudez frontal de um ator famoso (Richard Gere).
Instinto Fatal (1992) - famosa cena da cruzada de pernas de uma Sharon Stone sem calcinha.

Fonte

28 julho 2006

Fãs de Sherlock Holmes querem salvar casa de escritor


Fãs do detetive Sherlock Holmes estão lutando para salvar a casa do fim do século XIX onde viveu o escritor Arthur Conan Doyle, criador do personagem. O imóvel, perto de Hindhead, ao sul de Londres, tem futuro incerto, já que o incorporador que em 2004 comprou o terreno, de 1,2 hectare, está determinado a utilizá-lo para um novo empreendimento. A Sociedade Vitoriana está liderando a campanha para preservar o local e já protocolou um pedido para que a casa de Doyle seja incluída no patrimônio histórico inglês. "Não se trata de uma obra-prima da arquitetura, mas é uma casa atraente. É uma amostra interessante do fim do século XIX e é muito personalizada", sentenciou Kathryn Ferry, porta-voz da entidade.

17 julho 2006

O futuro é híbrido


Festival Ars Electronica, na Áustria, discute tendências contemporâneas, mas cede ao convencionalismo

“Híbrido: vivendo em paradoxo” foi o tema principal da 26ª edição da Ars Electronica, evento realizado em Linz, na Áustria. O festival, que tem periodicidade anual e um novo tema a cada edição, aborda os cruzamentos entre arte e tecnologia na sociedade contemporânea e promove palestras, performances, shows de música, mostras de artes plásticas, exibição de videoarte e filmes e uma série de acontecimentos paralelos espalhados pela cidade.


O ponto alto do festival foi a série de conferências sobre política e hibridização. Um dos destaques do evento foi o filósofo italiano Carlo Formenti, que tratou da hibridização das formas políticas num cenário pós-democrático. Para Formenti, existe uma estreita relação entre a nova composição das classes sociais, a tecnologia web e a pós-democracia. Formenti diagnostica o surgimento de um “neomedievalismo digital”, no qual a web e as novas tecnologias dariam sustento a uma elite “conectada”, reforçando ainda mais os mecanismos de exclusão. Ele nega veementemente o que se convencionou chamar de "mito neo-anárquico" da internet -e citou Mackenzie Wark, que identifica os hackers com os interesses da classe dominante e o movimento do capital.


O futuro é híbrido, por José Rocha Filho

11 julho 2006

Francisco Brennand

Escultura em cerâmica, “Joana D’arc de Orleans”, 1978, de Francisco Brennand, exposta em sala especial nos Territórios Transitórios, em Paris.

Em Paris, uma das exposições mais prestigiosas do programa do Ano do Brasil na França. Obras de artistas renomados, como Francisco Brennand, Cícero Dias, Aloisio Magalhães, e de muitos outros que nasceram em terras pernambucanas, foram selecionadas para a mostra Territórios Transitórios, no Palácio da Porte Dorée. Quadros, esculturas, colagens, foram dispostos de forma poética, inspirada nos versos de O Rio, de João Cabral de Melo Neto. Como o poema, a exposição se divide em cinco partes que descrevem o percurso do Capibaribe: a Paisagem, o Homem, o Espaço, a Matéria e o Fluido. Na ocasião, foi realizado o lançamento do livro Vicente do Rego Monteiro – Poeta, tipógrafo, pintor. Pinturas de Rego Monteiro, da coleção do museu francês Géo-Charles, foram expostas em uma sala especial nosTerritórios Transitórios.